§ 1. A
lei não existe para todos, porque sua função é neutralizar os marginais. Em
termos práticos, hoje o Estado e a religião são muito úteis politicamente
porque atuam como freio moral na articulação coletiva, restringindo ou
impedindo que ações antissociais sejam praticadas. No entanto, conforme o tempo
passa a sociedade evolui e no futuro remoto teremos internalizado as leis civis
e religiosas. Assim, Estado e religião serão desnecessários, porque estarão em
nós, em nosso comportamento. Nesse futuro distante, o altruísmo guiará nossos
passos e não o medo da cadeia ou do inferno.
§ 2. Deus
organiza a vida das pessoas com base em suas ações passadas. O que foi
programado para acontecer vai acontecer, mesmo que nós não aceitemos e lutemos
contra. Logo, vemos que o livre-arbítrio seja a semente do destino: escolher e
lidar com as consequências da escolha são uma e a mesma ação vista de
ângulos diferentes.
§ 3. Quando insistimos para que alguém acredite no que acreditamos, o objetivo é fortalecer a nossa crença. Isso significa que ela não é muito forte e expressa a nossa insegurança ideológica. Quem realmente tem motivos bons ou consolidados para acreditar não precisa do apoio de outras pessoas.